quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Frei Padre Pio!!!






Caríssimos,
Salve Maria!

Segue a entrevista com o Sr. Luís do Anjos, nosso amigo, residente em nossa cidade de Campo Grande e magno divulgador de S. Padre Pio.
No ano de 1968, ele teve um encontro marcado pela Providência com aquele que mudaria completamente a sua vida.
Boa leitura.

Pe. Marcelo Tenório







_______________________





ANIMAS: Sr. Luís, quem era o Pe. Pio para o senhor, antes de se encontrar com ele?

SR. LUÍS : Eu não o conhecia, nem sabia que ele existia. Eu tinha um hábito de fazer meditação e adoração a Jesus Crucificado, no horário das 2 e 3 da madrugada. Veio-me então, um fortíssimo desejo de conhecer um santo, vê-lo, ouvi-lo. Mas isso tudo parecia-me impossível, porquanto não conhecia nenhum santo vivo, com verdadeiros sinais de santidade. Era o ano de 1968.
No dia 12 ou 13 de abril do referido ano, chegou em minhas mãos um pequeno livrinho trazido por uma pessoa que freqüentava a mesma igreja que eu, a de Nossa Senhora da Lapa, no Rio de Janeiro, e, justamente o livrinho tratava-se do frade estigmatizado, que vivia no interior da Itália e que se chamava de Pe. Pio de Pietrelcina.
Numa dessas madrugadas de oração, fiquei-me determinado a, se fosse da vontade de Deus, conhecer este santo e rezei assim: “ Senhor, como desejo tanto visitar este santo. Peço, se não for demais, que envie o meu anjo da guarda até o Pe. Pio, para que ele saiba do meu desejo.
Note, que eu não sabia como era ele. Não tinha sequer visto uma única fotografia. Isso é importante para o que vou dizer agora: antes da viagem tive um sonho. Havia uma embarcação, toda feito de pedra, que eu deveria entrar para viagem. Mas a barca começou a sair do porto e eu corri ao encontro dela, todavia já estava bastante fora do meu alcance...Na barca havia uma ancião, de barba muito branca. Diante de meu grande desejo de viajar para Itália, fiz sinal para ele perguntando se poderia ir e ele fez sinal que “SIM”. Eu não duvidei e pulei para entro da barca. Quando cheguei em S. Giovanni, ao entrar para missa das 5h, que grande surpresa, o velhinho da barca era o nosso Pe. Pio!
ANIMAS: Mas, antes de sua viagem, aconteceu algum fato que mereça relevo?

SR. LUÍS: Sim! Eu me emociono quando recordo. Certa vez, estava eu na sala de catequese, lá na Igreja da Lapa, quando aproximou-se um rapaz, que até então eu não conhecia. Era jovem, e disse-me: “ o senhor vai a Roma?” – ora, como ele sabia da minha viagem, já que não era da minha convivência? – Disse-lhe que sim. Ele , então, apresentou-me um tecido dizendo ser aquele incapaz de se deteriorar ou ficar danificado até mesmo com o fogo. Pediu-me algo para provar a sua eficiência. Então dei-lhe uma garrafa de álcool. “ Vou colocar álcool, tocar fogo e não vai se queimar”,disse. Assim o fez. Colocou álcool no referido pano, que ficou como uma bacia, e tocou fogo. Esperamos, e o resultado foi justamente o que me dissera: o pano não se queimou, nem fez qualquer dano, ficando intacto. Após este feito, o rapaz foi embora e eu comentei com muitas pessoas se haviam visto o vendedor de corte de fazendas e ninguém tinha visto, ninguém tomou conhecimento.
ANIMAS: E o que o senhor pensou na hora? Quem seria esse rapaz? Qual o significado daquilo tudo?

SR. LUÍS: Não pensei muita coisa. Depois é que fui juntando tudo. Lembrei-me que havia rezado pedindo que meu anjo levasse até o Pe. Pio meu desejo de estar com ele...Não digo que esse misterioso rapaz era anjo, nada disso...Mas também não foi a última vez que com ele me encontrei, como vocês verão daqui a pouco...
ANIMA: Mas o que o senhor atribui ao “pano que não se consumia” com o fogo e o que o senhor quer dizer com " não foi a última vez que me encontrei com esse jovem vendedor"?

SR. LUÍS: Bem, eu sabia que era pecador e que, pelos meus pecados, não era digno de tanta graça, quanto mais está diante de um homem que trazia em si as dores das chagas de Nosso Senhor. Era militar, jovem, e cheio de imperfeição. Era necessário me preparar, me purificar. Só o Espírito Santo com seu fogo queima e nada consome. Esta foi para mim a mensagem daquele pano ali, diante de mim, queimando sem nada acontecer.
Quanto ao rapaz, digo-lhes, não foi a última vez que o vi.

Enfim chegou o dia da minha viagem. D. Alberto Trevisan recomendou-se ao Pe. Hilário, brasileiro que estava em Roma por estudo. O mesmo me acolheu e me orientou quanto aos pontos que deveriam ser visitados por mim na cidade eterna, além de me conseguir uma entrada na audiência geral com o papa Paulo VI.
No dia 10 de junho , fui então para S. Giovanni Rotondo, realizar meu grande sonho: ver um santo vivo. Pe. Pio rezava a missa das 5h da manhã. Era manhã do dia 11. Vi padre Pio, assisti emocionado a sua missa.
ANIMAS; Quais as suas impressões sobre o Pe. Pio?

SR. LUÍS: Um homem crucificado com Cristo! Durante toda a missa chorava. As lágrimas lavavam seu rosto. Por que chorava? Penso que ele via a paixão de Nosso Senhor diante dele, ali, no altar.
Ao entrar na igreja ajoelhei-me. Do meu lado alguém também se ajoelhou; virei-me e pude constatar que era o rapaz que, no Rio de Janeiro, tinha me mostrado o pano que nem fogo consumia.
ANIMAS: O senhor não achou estranho tudo isso?

SR. LUÍS: De certa forma não dei tanta importância no momento. Depois de tudo passado, aí sim. Ele assistiu a missa do meu lado. Terminada a missa, fui saíndo da Igreja após fazer minha ação de graças e, ao olhar lateral acima, na linha do coro, estava lá Pe. Pio já esbelto, olhando para mim. Mas como? Eu o vi sair sendo levado na cadeira de rodas, com o já poderia está lá em cima, sozinho, em pé? O rapaz fez sinal dizendo-me “ Vem e mostrarei tudo”. Segui-o e ele levou-me até a sacristia, onde o santo estava fazendo sua “ação de graças”. Entendi, então o que se dizia da bilocação. Pude perceber que se, no altar, ele parecia “gigante”, belo, iluminado, ali era pequenino, rosto fino, bem diferente daquele que vi celebrando.
Em seguida , o rapaz me chamou e fez sinal: “fique aqui. Ele passará por aqui”. Ali eu fiquei. Tinha também outros homens. O rapaz não permaneceu comigo. Pe. Pio saiu da sacristia conduzido, numa cadeira de rodas, por um frade alto ,robusto e terço na mão. Ao passar por mim, o santo fez sinal para o frei parar a sua cadeira de rodas. Olhou para mim, colocou seu dedo indicador e médio em minha testa. Nesse momento coloquei em seu colo as cartas e listas de nomes da minha comunidade, pessoas que me pediam graças. Nesse momento TOQUEI em sua chaga da mão direita, trouxe-a à minha boca e beijei-a. O lenço que colocara junto esta comigo até hoje. Alguém tirou uma foto sem eu pedir nada. Quando saí dali, o misterioso rapaz novamente entrou em cena e me disse: “ amanhã cedo você vai neste endereço e pegue a foto” ( foto Imars di Giuseppe Vinelli – Seg. Ripr. Vietata – S. Giovanni Rotondo). Assim o fiz e a mesma está comigo.
ANIMAS: Mas quanto ao rapaz.... Pelo jeito , ele conhecia bem S. Giovanni, o convento, os movimentos do Pe. Pio....Outra coisa: é comum em amizade que fazemos em viagem, conversarmos, tomarmos um café. Etc...Aconteceu isso com vocês dois?

SR. LUÍS: Não sei como ele conhecia bem o convento, os passos de Pe. Pio, nem como ele sabia bem italiano. Em nenhum momento ele fez referência ao nosso encontro no Rio, na sala da catequese, nem se explicou por está ali, tão longe do Brasil. Nada. Ele só chegava, falava imperativamente: “ venha aqui”, “fique aqui”...e mais nada. Sempre sumia depois. Nem sequer pude perceber onde estava ele hospedado....

Bem, saindo da Igreja, esse rapaz me acompanhou ao pátio e fez sinal para janelinha em cima, próxima da cela de Pe. Pio, disse-me que ele apareceria ali. E realmente aconteceu: abre-se janela e ali está Pe. Pio que nos abençoa. Não contive a emoção e gritei: “Grazie, Padre Pio!”
ANIMAS: Sabemos que o senhor teve a graça de também se confessar com padre Pio, conte-nos como aconteceu.

SR. LUÍS: Era o dia da confissão dos homens. Fui cedo. Recebíamos uma senha, por causa da organização, e ficávamos esperando nosso momento. Recebi a senha número 26. E fui para minha fila. Na minha frente, portanto, o número 25 era um homem muito bem apresentado, bem vestido. Quando este senhor foi se aproximando do confessionário, mesmo antes de se ajoelhar, Pe. Pio expulsou-o aos gritos, saindo aquele homem apavorado do local sagrado. Fiquei mais apavorado ainda , pois tinha certeza que também seria expulso da presença daquele santo. Tinha certeza de estar diante do tribunal de Deus. Tremendo, fui até ele. Ajoelhei-me e ele imediatamente me perguntou: “ Peccati?” Disse-lhe que desejava fazer uma confissão geral, e ele disse-me: “ Basta a partir da última!” E foi a mais bela confissão que já fiz em toda a minha vida!
O motivo da expulsão anterior, eu procurei saber com um frade que ficava ao lado, cuidando. A resposta foi: “ blasfemou contra o Espírito Santo em sua vida!”
ANIMAS: Um fato extraordinário que marcava, ainda em vida, a presença do Pe. Pio era o inigualável perfume que emanava de suas chagas. Muitos filhos espirituais sentiam este divino odor em vários lugares do mundo, mesmo antes da morte do santo. O que o senhor tem a nos dizer sobre isso?

SR. LUÍS: Logo quando retornei da viagem, rezando o terço na capela de minha comunidade, pelas 17h, senti esse perfume fortíssimo ao mesmo tempo que suave....entendi que era Pe. Pio a me dizer “levei você e o trouxe em paz”. Outra vez foi aqui em Campo Grande, na Capela do Sr. Bom Jesus, após a missa. Estava sentado quando me veio o perfume de Pe. Pio que é inesquecível para quem o sente. Não me contive: chorei e chorei muito.
Também, certa vez, estava eu trabalhando em minha casa, procurando uma fita sobre o relato do Milagre de Lanciano que havia desaparecido e que eu estava precisando. Veio-me aquele perfume inconfundível e, logo em seguida, alguém trouxe-me a fita que havia aparecido. Agradeci ao Pe. Pio por ter m ajudado a encontra-la.
ANIMAS: O senhor foi o primeiro a difundir aqui, em Campo Grande a devoção ao S. Pe. Pio. Um verdadeiro baluarte na difusão da santidade, milagres e ensinamentos do Santo estigmatizado, como se sente em relação a isso.

SR. LUÍS: Muito feliz em ver crescer por aqui, cada vez mais, esta devoção tão bela e particular. Pe. Pio é um santo da nossa época e além do mais um santo “barulhento”. Ele mesmo disse, antes de morrer, que faria mais “estragos” morto do que vivo..e isso acontece e isso faz a diferença. Sua presença, sua intercessão, seus milagres se espalham no mundo inteiro e também chega até nós por aqui. Só tenho a agradecer ao pe. Pio por tudo.







Tenho muita coisa a dizer sobre ele. O que ele fez e o que continua fazendo..muita coisa mesmo. Mas só quero que saibam: ele está muito mais vivo do que quando estava em seu corpo, com suas chagas, nas terra.






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deus seja louvado!!!